E Se Fosse Verdade – Just Like Heaven (2005)


     Tudo tem um começo, e ao começar a estudar Produção Audiovisual (Cinema), uma das primeiras tarefas pedidas foi, justamente, escrever uma "crítica" cinematográfica, e assim foi, a primeira "crítica" que escrevi... 

E Se Fosse Verdade – Just Like Heaven (2005)
              
E se fosse verdade é um filme típico de comédia romântica, duas pessoas que nunca se viram antes mas que, nasceram uma para a outra, se conhecem, há uma resistência inicial, há por conseguinte um empecilho e no final, todos sabemos o que acontece.

            Mesmo, com todos esses elementos este filme, dirigido por Mark Waters, cujo filme é uma adaptação de um livro, soube, digamos, manejar a situação para que em certos momentos nos surpreendêssemos e ficássemos apreensivos.

Porém, E se fosse verdade, aborda vários tipos de sentimentos ao nos apresentar os dois personagens principais, Elizabeth (Reese Witherspoon), que é uma médica extremamente dedicada ao seu trabalho e que está tentando residência em um hospital da Califónia, aqui, o diretor sutilmente nos coloca que ela vive para trabalhar não tendo tempo para qualquer outra coisa muito menos, se apaixonar, acredito que com essa abordagem fique mais fácil de “aceitar” que, logo depois ela sofre um acidente e fica em coma.

            Quando nos é apresentado o segundo personagem, David (Mark Ruffalo), percebemos que a chegada dele já não é “por acaso”, já que ele é “levado” até o antigo apartamento de Elizabeth, na cena, dentro do apartamento, o diretor e o diretor de câmera, souberam “jogar” com o clima de São Francisco, Califórnia, onde foi a locação do filme, já que, ao nos mostrar David, sozinho no corredor, e não só no corredor mas em quase todas as cenas iniciais dele no apartamento, podemos perceber que  uma luz, que cobre o ambiente e cerca o personagem de forma a criar uma ambiente um pouco fantasmagórico, mas, os objetos de cores “quentes”  e as luzes não nos traziam sentimentos de temor, e a música estava ali, nos conduzindo, junto com o personagem. 

Assim, que os personagens são “apresentados” percebemos aquela resistência inicial, tanto que ela não sabe que está em coma e somente ele consegue vê-la, há um conflito em torno do apartamento, até um perceber que o outro pode ajuda-lo em seus problemas. Dessa forma, o filme se passa, eles se entendo e desentendendo, com algumas pitadas de humor negro; o amor é retratado de forma a explorar mais  o que podemos oferecer de carinho à outra pessoa, pois, como ela é um “fantasma”, quando eles se tocam e como ela é uma forma “etérea” no encontro das mãos, há luzinhas que brilham, transparecendo para o público que aquele é um momento mágico, algo tão simples para “dois seres humanos”, é algo surpreendente para “um ser humano e uma fantasma”.  
           
Assim, juntos eles descobrem o que fazer para  resolver a situação, e mesmo, sendo um filme tipico de comédia romântica onde podemos prever os acontecimentos, é muito interessante percebermos como se dá o desenvolvimento da história pois, podemos "prever" como vai terminar mas, há cenas que contradizem um final feliz, o que nos prende para ver o que acontecerá em seguida pois, sabemos que situação será resolvida mas, não temos ideia de como a solução será abordada, e no final, nos surpreendemos, mesmo com a “fórmula” romântica.                                                                                  


Comentários

  1. Adorei tua abordagem,pois é um filme romântico
    pouco convencional, um humano e uma fantasma que
    só de ler senti vontade de olhar o filme novamente.
    Parabéns! Valeu a dica...

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