Era Uma Vez no Oeste (1968)

Era Uma Vez no OesteOnce Upon a Time in The West

Sérgio Leone – 1968

O filme, considerado um clássico do Western Spaghetti foi dirigido por Sérgio Leone.  De 1968, apresenta um típico enredo, paisagens montanhosas, lugarejo afastado, mocinho, bandido, mulher em apuros.


Porém, nesta narrativa apresenta-se, aparentemente, uma ex-prostituta Jill (Claudia Cardinale), que veio de Nova Orleans morar com seu marido Sr. McBain (Frank Wolff) e os três filhos dele, chegando na fazenda ela descobre que toda a família foi morta. De certa forma, conta com a ajuda de dois personagens nada convencionais, “o gaita”, um homem de poucas palavras, personagem vivido por Charles Bronson e Cheyenne vilão meio herói, personagem de Jason Robards, que na verdade quer é provar que não matou McBain. Esses dois personagens nada comuns passam então, separadamente, a procurar o real assassino Frank, vivido por Henry Fonda. Mais tarde aprendemos que tudo isso acontece por causa de um dos símbolos do “bom e velho” progresso, a estrada de ferro.

Vale ressaltar que, este filme de 2h38min, pode afugentar a primeira vista os espectadores, mas como um bom Western sabe prender a atenção durante todo o tempo, o qual se apresenta de forma um tanto dinâmica, com planos não muito longos.

Também, a forma como o ruído, a música e os planos são retratados neste longa são muito impressionantes. Os dez minutos iniciais, a construção do cenário, do ambiente, baseado nos “sons ambientes”, não naturalistas, como se tudo aquilo, aquele lugar estivesse aguardando a culminância da espera dos três cowboys na estação.
 
Outro aspecto digno de ser lembrado é a trilha sonora muito presente e quase invisível durante todo o longa, a trilha é tão bem trabalhada que não a percebemos entrando em cena e quando percebemos, ela própria guia nossos sentimentos e sensações, aparecendo e dando ares, caracterizando cenas que perderiam totalmente a graça se fossem mudas. Os diferentes tipo de planos então, guiam os olhos de quem está assistindo, de um jeito tão sutil e ao mesmo tempo expressivo, aumentando a dramaticidade e intensidade das cenas em que são utilizados.
 
Enfim, percebe-se um cuidado e uma atenção com este filme que contagia quem assiste, e ao fazê-lo há a compreensão do termo “atemporal”, uma história de gênero que chegou a ser considerado “batido”, prevalecer e apresentar aspectos que conseguimos conectá-lo e imaginá-lo real, no século 21.   
    
Henry Fonda
Charles Bronson

Claudia Cardinale

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