“Os Amantes do Círculo Polar” (“Los amantes del Círculo Polar”) (1998)
“Os Amantes do Círculo Polar” (“Los amantes del Círculo Polar”) (1998)
Filme espanhol, escrito e dirigido por Julio Medem, apresenta uma narrativa “circular”, a qual pode ser percebida nos primeiros minutos da narrativa, iniciada através dos momentos finais. O filme nos leva em uma jornada de descobertas de sentimentos, tanto amorosos quanto auto percepção, o caminho se inicia como peças de um quebra cabeça, conhecemos o final, mas os detalhes que constituem a história vão “tomando forma” conforme a história se desenrola, a figura se mostra e conseguimos vislumbrar todos os detalhes.
Conciso e redondo, o tema aborda as consequências de nossas ações e eventualidade de nossa existência como tema, apresentando congruência de segmento até nos nomes dos personagens principais, Otto e Ana, que na própria história comentam o quanto se sentem sortudos por terem nomes palíndromo (lendo de trás pra frente se têm a mesma leitura). A história se desenvolve mostrando diferentes fases da vida de Otto e Ana, como também, é contada através das duas perspectivas, nestes três momentos, assim, quando a história desta fase da vida é contada, é como se a história pausasse e retrocedesse ao início, mas agora com a outra perspectiva.
A relação de Otto e Ana se desenvolve durante o todo o filme, mas continua sendo abordada de uma forma ingênua, uma descoberta de vivencia inocente, exemplificado por planos longos e abertos, como se desse tempo para o espectador digerir a cena, experimentar, quase filosofar, apresentando também alguns momentos simbólicos para os personagens, abordados de maneira minimalista e cuidadosa, menos elementos comunicando mais com o momento do personagem. A trama abre muito para a identificação do espectador com os personagens, uma história de amor de certa forma proibido e costumes que ligam nossas decisões a culminar em ações por vezes imprevisíveis.
Não é como um filme típico de hollywood, por exemplo, com um grande orçamento ou narrativa estereotipada ou finais felizes, mas uma história que escapa um pouco do mocinho conhece mocinha, consegue integrar a vida destas pessoas, a qual nos passa uma melancolia e tristeza, como se os personagens estivessem presos dentro de si próprios e tentassem emergir, se desprender dos enlaces e se deixar viver. Apresenta uma montagem interessante, música que impulsiona e aflora os sentidos em momentos precisos, o diretor passa isso de uma forma a ilustrar bem sua posição e até no final, consegue trazer um olhar único de cada um dos personagens, mesmo perante a mesma situação.
Os momentos vividos moldam e continuam a moldar as pessoas a todo o momento e instante e o filme traz isso de uma maneira a aproximar nossas memórias, por vezes também tristes às dos personagens, nos mostrar mais de um lado da mesma situação. Assim, o filme nos faz contemplar nossas vivências e nos leva a perceber como pensamentos podem ser diferentes, pessoas serem intensas, passageiras, marcantes, mas únicas, cada um a seu modo.
Filme espanhol, escrito e dirigido por Julio Medem, apresenta uma narrativa “circular”, a qual pode ser percebida nos primeiros minutos da narrativa, iniciada através dos momentos finais. O filme nos leva em uma jornada de descobertas de sentimentos, tanto amorosos quanto auto percepção, o caminho se inicia como peças de um quebra cabeça, conhecemos o final, mas os detalhes que constituem a história vão “tomando forma” conforme a história se desenrola, a figura se mostra e conseguimos vislumbrar todos os detalhes.
Conciso e redondo, o tema aborda as consequências de nossas ações e eventualidade de nossa existência como tema, apresentando congruência de segmento até nos nomes dos personagens principais, Otto e Ana, que na própria história comentam o quanto se sentem sortudos por terem nomes palíndromo (lendo de trás pra frente se têm a mesma leitura). A história se desenvolve mostrando diferentes fases da vida de Otto e Ana, como também, é contada através das duas perspectivas, nestes três momentos, assim, quando a história desta fase da vida é contada, é como se a história pausasse e retrocedesse ao início, mas agora com a outra perspectiva.
A relação de Otto e Ana se desenvolve durante o todo o filme, mas continua sendo abordada de uma forma ingênua, uma descoberta de vivencia inocente, exemplificado por planos longos e abertos, como se desse tempo para o espectador digerir a cena, experimentar, quase filosofar, apresentando também alguns momentos simbólicos para os personagens, abordados de maneira minimalista e cuidadosa, menos elementos comunicando mais com o momento do personagem. A trama abre muito para a identificação do espectador com os personagens, uma história de amor de certa forma proibido e costumes que ligam nossas decisões a culminar em ações por vezes imprevisíveis.

Os momentos vividos moldam e continuam a moldar as pessoas a todo o momento e instante e o filme traz isso de uma maneira a aproximar nossas memórias, por vezes também tristes às dos personagens, nos mostrar mais de um lado da mesma situação. Assim, o filme nos faz contemplar nossas vivências e nos leva a perceber como pensamentos podem ser diferentes, pessoas serem intensas, passageiras, marcantes, mas únicas, cada um a seu modo.
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